Tecnogeografia, Informação e Arte





Apresentação
O Ciclo de Estudos Gilbert Simondon e Colóquio Simondon XII – Tecnogeografia, Informação e Arte propõe uma reflexão sobre a articulação entre arte, informação e tecnogeografia à luz de Gilbert Simondon. Compreender as especificidades dos objetos técnicos – que não existem apenas como meros instrumentos, mas operam mesmo como mediadores ativos que coevoluem com o espaço geográfico e a cultura –, permite-nos considerar a individuação técnica enquanto fonte para novas formas de expressão e organização.
Para Thiago Novaes, curador do ciclo, a tecnogeografia emerge então como um meio relacional, em que a técnica redefine o território e vice-versa, sendo a Informação o princípio ontológico de transformação, aquilo que possibilita a transdução entre diferentes ordens de realidade (física, biológica, social). Como saída para a crise ecológica, política e educacional, sugerese finalmente a arte, que, desde Simondon, não se opõe à técnica, subsidiando um modo privilegiado de concretização – uma síntese estética capaz de revelar potencialidades latentes nos sistemas técnicos, integrando percepção, invenção e afetividade –, rumo à criação de uma nova subjetividade política, coletiva e democrática.
Objetivo geral
Refletir sobre a articulação entre arte, informação e tecnogeografia não apenas para iluminar problemas contemporâneos – como a crise climática e a alienação técnica presente na produção de lixo eletrônico e obsolescências programadas –, mas voltando-nos para a compreensão de sua gênese, transmutando a informação em experiência sensível e crítica, em um processo contínuo de resolução que parte da ressonância entre humano, máquina e ambiente.
Objetivos específicos
– Superar visões reducionistas do território como “recurso” ou “cenário”, apresentando-o como campo de individuação coletiva.
– Entender como crises ecológicas e digitais exigem novas culturas técnicas capazes de integrar saberes locais e inovação.
– Repensar políticas públicas e projetos de tecnologia a partir de uma ética relacional, inspirada na filosofia simondoniana.
– Qualificar um discurso público para interpretar desafios contemporâneos (do Antropoceno à IA) através de conceitos simondonianos, articulando teoria e ação.
– Oferecer ferramentas para analisar tecnologias emergentes (IA, infraestruturas críticas).
– Promover a técnica ao estatuto de sensibilidade integradora, como individuação perceptiva.
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